Teste em cabos de fibra óptica: saiba tudo sobre - ISPBLOG
Enviado em 06.11.2015

Teste em cabos de fibra óptica: tudo o que você precisa saber

Mais do que nunca, a fibra óptica tornou-se uma maneira de comunicação essencial para redes que necessitam de alta banda de dados com baixas perdas de pacotes. No artigo de hoje, falaremos como os cabos são produzidos e como é feito o teste em cabos de fibra óptica para garantir o seu bom funcionamento em todas as situações.

A fibra óptica é fundamental para o sucesso de data centers, redes de backbones e comunicações de longa distância. A tecnologia começou a ser explorada na década de 80 e hoje permite que dados sejam transportados a uma velocidade próxima de 1,6 terabits por segundo.

A popularização de serviços de streaming de música e vídeo, VoIP (Voice over IP) e de cloud computing aumentou a demanda por esse tipo de conexão tanto em meios corporativos quanto domésticos. Mais do que nunca, a fibra óptica tornou-se uma maneira de comunicação essencial para redes que necessitam de alta banda de dados com baixas perdas de pacotes. No artigo de hoje, falaremos como os cabos são produzidos e como é feito o teste em cabos de fibra óptica para garantir o seu bom funcionamento em todas as situações.

Como a fibra óptica é feita

A fibra óptica é feita a partir de filamentos de vidro ultrapuro ou sílica, que são protegidos por uma capa protetora externa. Ela garante resistência aos filamentos e impede que feixes de luz vazem causando perda de dados. Pelo fato de a informação ser enviada de um ponto a outro por meio de pulsos de luz em uma estrutura com alta capacidade de reflexão, os pacotes de dados possuem uma taxa de atenuação baixa, permitindo que conexões entre computadores distantes sejam feitas sem a necessidade de refletores de sinal. Ao contrário de fios de cobre ou comunicações feitas por meio de ondas de rádio, a conexão de fibra é imune a interferências eletromagnéticas. Para atender às diferentes necessidades do mercado, existem dois tipos de cabo. São eles:

  • Cabo monomodo: esse cabo é feito por meio de um complexo método de fabricação e manuseio. Em 2005, pesquisadores conseguiram enviar 10 gigabits de dados em um único segundo por 80 km sem perdas de latência. Entretando, com o uso de amplificadores ópticos, as distâncias alcançadas podem ser ainda maiores. Além disso, ele possui um maior comprimento de onda, permitindo que mais dados sejam transmitidos.
  • Cabo multimodo: com um núcleo maior do que o cabo monomodo, esse tipo de cabeamento é normalmente utilizado em edifícios. Ele permite o uso de fontes luminosas de baixo custo, além de ser mais barato. Entretanto, o seu alcance está limitado a, no máximo, 2 quilômetros.

As estruturas baseadas em fibra óptica são vendidas com as classificações de fibra acesa ou fibra apagada. A primeira, nada mais é do que uma rede de cabos que está sendo utilizada para aplicações de internet. Já a segunda é uma estrutura pronta para ser utilizada mas que se encontra inativa. Elas são alugadas por empresas que precisam de uma rede rápida para aplicações em nuvem, backups em rede e realização de projetos que envolvam a transferência de grandes quantidades de dados por um curto período de tempo. Já as empresas de telecomunicação utilizam a fibra escura como rede secundária para desvio de tráfego em caso de acidentes na rede principal e para diminuir o gasto com eventuais expansões.

Teste em cabos de fibra óptica para identificar pontos de perda de luz

A inspeção dos cabos de fibra óptica permite identificar pontos de perda de luz e reduz custos com troca de cabos defeituosos. Ao identificar e remover os pontos de perda, a atenuação da transferência de dados diminui. Existem dois tipos de problemas que podem causar a perda de luz: contaminação e danos ao cabo. A contaminação pode ocorrer de diversas formas: do contato direto da pele com as pontas do cabo ao contato com grãos de areia. Em locais que estão passando por obras e reformas, ainda há o risco de partículas carregadas estaticamente possam atingir e danificar uma ponta de cabo exposta.

Em todos os casos, a transferência de informações é afetada, prejudicando a comunicação entre dispositivos. Já um dano físico a um cabo pode ser resolvido por meio de técnicas simples de fusão ou, em casos mais sérios, acabar exigindo a troca por uma unidade nova. A má verificação de uma ponta de cabo quebrada pode levar a deteriorações maiores, que resultam na danificação permanente do cabo e aumentam o prejuízo da empresa. Para garantir que a verificação de um terminal não o danifique ainda mais, técnicos de rede utilizam dois tipos de microscópios:

  • Microscópios ópticos: esse tipo de aparelho utiliza lentes objetivas e oculares que permitem visualizar a ponta do cabo diretamente. Apesar do menor custo, ele pode oferecer um risco de saúde por colocar o profissional em contato direto com os pulsos de luz que atravessam a fibra.
  • Microscópios de vídeo: eles utilizam uma sonda junto com lentes ópticas e objetivas para permitir a visualização de danos. As sondas são designadas para alcançar portas e pontos de difícil acesso. Além disso, como a visão não é feita por meio de uma tela, é possível aumentar a imagem sem que isso resulte em danos a vista por contato direto com a luz usada para transmitir dados.

Se o cabo estiver apenas sujo (e não danificado), a sua limpeza permite a resolução do problema sem grandes dificuldades. Muitos técnicos optam pelo uso de ar comprimido ou álcool isopropílico. Entretanto, solventes feitos para a higienização de cabos de fibra óptica permitem uma limpeza mais profunda. Eles possuem uma velocidade de evaporação específica, que dá tempo para o produto atuar na sujeira antes que ele evapore. Os kits oferecem todas as ferramentas e solventes necessários para uma limpeza profunda sem danificar a conexão de internet.

Métodos de certificação para verificar a qualidade da rede

A certificação por meio de padrões como o IEEE, TIA/EIA ou ISO/IEC é necessária para garantir que o link de internet será capaz de executar os serviços para os quais foi projetado. Uma certificação envolve análises que são divididas em duas partes: a de Tier 1, ou Regime Básico de Teste, e a de Tier 2, ou Regime Extendido de Teste.

A primeira é feita com um medidor de potência e uma fonte de luz ou por meio de uma medição de perda de luz. Ela medirá se a quantidade máxima de luz e, consequentemente, de dados, está dentro de padrões previamente estabelecidos. Já a certificação de Tier 2 requer o uso de um OTDR (refletômetro óptico no domínio do tempo), um aparelho que analisa a transmissão da fibra óptica e verifica a qualidade de todos os itens da rede.

A certificação de cabos ópticos deve ser feita com ferramentas de teste adequadas. O profissional responsável deve ter conhecimento detalhado da tecnologia e a habilidade de documentar os resultados da análise. Uma boa análise verificará as condições físicas e técnicas da rede, além da sua capacidade de oferecer uma conexão estável e de alta velocidade o tempo todo.

A manutenção preventiva e os testes são fundamentais para garantir o bom funcionamento de uma rede de alta velocidade. Apesar da sua maior resistência a interferência eletromagnética, os cabos não estão imunes a falhas causadas por agentes externos. A execução de um teste em cabos de fibra óptica detalhado é a melhor maneira para garantir que ele será capaz de transmitir dados em alta velocidade com baixa latência e perda de pacotes.

E você, o que faz para garantir o bom funcionamento de sua rede? Compartilhe conosco sua opinião sobre o assunto!

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