Da série: Governança Corporativa - ISPBLOG
Enviado em 01.02.2019

Da série: Governança Corporativa

Descubra quais são os ganhos e resultados que os provedores regionais podem alcançar ao adotarem esse sistema de gestão.

A partir de hoje, inicio uma série de posts para inserir os leitores deste blog no mundo da “Governança Corporativa”. Vamos entender o que é e quais são os ganhos e resultados que podem ser obtidos pelos provedores regionais que adotam esse sistema de gestão empresarial.

O que é?

A governança corporativa é um sistema pelo qual as empresas e organizações são controladas, administradas, monitoradas e incentivadas. Ela envolve o relacionamento entre sócios, conselho de administração, órgãos de fiscalização e controle, e demais interessados no negócio.

A principal finalidade é equilibrar os interesses de todas as partes citadas e eliminar eventuais conflitos, que possam surgir por divergências de opiniões na gestão, entre a direção da companhia e seus acionistas. Além de otimizar o desempenho, a governança facilita o acesso a recursos financeiros.

Os ganhos são significativos especialmente quando os gestores não fazem parte do quadro de acionistas e, também, no caso de empresas familiares, quando a esposa, filhos, irmãos e primos, por exemplo, também têm função laboral.

Passos para a implantação

O primeiro passo para a implantação da governança corporativa é a reunião entre os acionistas, em assembleia, para a eleição do Conselho de Administração.

Este órgão define quem vai compor a diretoria executiva da organização ou empresa. O trabalho dos diretores é acompanhado pelo Conselho Fiscal, também eleito pelos acionistas.

O papel desse conselho é checar se as contas da empresa estão em conformidade com a legislação vigente e oferecer isonomia e segurança aos acionistas, ao garantir que o Conselho de Administração está conduzindo a direção do negócio para o caminho correto, bem como a perpetuidade do provedor regional.

Há a possibilidade de o Conselho Fiscal ser auditado por uma empresa externa independente, que verifica, valida e assina a conformidade das contas apresentadas.

Quando todos esses órgãos funcionam adequadamente, as forças e os interesses da companhia ficam isonômicos.

Problemas na governança

Antes de citar boas práticas vamos entender os efeitos ruins causados nas empresas quando ocorrem problemas na governança corporativa. Para isso, usarei um exemplo conhecido, a Lava-Jato e as irregularidades cometidas por grandes construtoras brasileiras e a Petrobras.

Um dos maiores escândalos de corrupção no Brasil foi originado por práticas ilegais, abusivas e escusas praticadas pelas empresas investigadas e, claro, representantes da estatal. Executivos que se submetem a esse tipo conduta não devem fazer parte do Conselho de Administração de uma companhia.

É bom lembrar que um dos aspectos principais do acordo de leniência com as empresas envolvidas no caso é a implantação de uma área de Compliance. O objetivo é que elas passem a agir em sintonia com as normas, realizem os controles internos e externos necessários, e cumpram todas as políticas e diretrizes estabelecidas para o negócio.

Boas práticas

As boas práticas da governança corporativa garantem o equilíbrio da relação da empresa com os seus colaboradores e a sociedade, a solução de possíveis conflitos entre acionistas com interesses distintos e o controle adequado da gestão e administração do negócio.

Tudo isso se converte em tomadas de decisões objetivas, preserva e otimiza o valor econômico da empresa, facilita o acesso a recursos e contribui para a qualidade da gestão e longevidade.

Uma administração transparente promove a interação com investidores e fornecedores de diversas formas. Além disso, qualifica os recursos humanos, pois atrai profissionais interessados em trabalhar e buscar resultados para a companhia, afinal, as pessoas seguem bons líderes.

Acesso a recursos

Um dos principais ganhos de uma companhia que implanta governança corporativa é a possibilidade de acessar recursos através de fundos de Private Equity ou fusão com outra empresa.

Nos dois casos, os investidores avaliarão, necessariamente, as boas práticas e a credibilidade da organização, assim como a relação que ela possui com colaboradores, fornecedores e mercado.

O mercado das telecomunicações está em franca expansão e, por isso, atrai a atenção de muitos fundos de investimentos. Daí a importância de os provedores regionais adotarem as boas práticas da governança corporativa e compliance.

Não tenho dúvidas de que as empresas que conduzem os negócios através desses sistemas de gestão possuem grande vantagem competitiva no processo de avaliação de investidores.

Pense nisso!

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