Os 3 eixos para otimização do custo por Giga ($/Giga) em redes ópticas  
Enviado em 04.04.2018

Os 3 eixos para otimização do custo por Giga ($/Giga) em redes ópticas  

Como aumentar a eficiência espectral? Como melhorar o custo por Giga?

A evolução das redes ópticas na América Latina levou as operadoras a encontrar novas técnicas para melhor utilizar o espectro ótico em suas implantações de fibra óptica. A densidade espectral aumenta o ROI (Retorno do Investimento) para a implantação da fibra, o que torna viável a incursão profunda da fibra para todos os pontos da rede. Este conceito acelera a maneira como as operadoras latino-americanas adotam projetos mais eficazes e rápidos que permitem a implantação de fibra óptica em residências ou empresas FTTH/FTTB (Fibra Residencial/Empresarial). Mas como aumentar a eficiência espectral? Como melhorar o custo por Giga?

Tradicionalmente, há dois conceitos principais que determinam a eficiência espectral, que determina diretamente o custo por giga em redes ópticas.

Modulação: A modulação das portadoras ópticas essencialmente determina quantos bits por caractere podem ser utilizados para transmitir informações. Quanto maior o número de bits, mais largura de banda poderá transmitir, doravante aumentando a eficiência espectral. No entanto, quanto mais densa a modulação, mais suscetível estará ao ruído do canal. Por esta razão, quanto mais densa for a modulação, menor será a distância do link que pode ser alcançado.

Taxa de Transmissão: A Baud Rate ou Taxa de Transmissão, também conhecida como a “taxa do relógio”, determina a largura do pulso resultando em um maior espaço para transmitir mais informações por transmissão. Quanto maior a taxa de transmissão, maior largura de banda poderá transmitir, aumentando a eficiência espectral.

Um recente anúncio científico na ECOC(Conferência Europeia sobre Comunicação Óptica) indica que a tecnologia de transmissão óptica alcançou uma ordem de 100Gbaud e modulações de até 1024QAM.

No entanto, com o surgimento da interação fotônica, podemos introduzir um novo eixo na eficiência espectral, Quantidade de Canais.

A integração fotônica nos permite usar “Supercanais”, o que permite a integração de várias portadoras agindo como uma única unidade de capacidade. Os supercanais ópticos permitem maior eficiência espectral ao compactar as portadoras em uma faixa espectral mais curta. Por estarem mais compactas, podemos adicionar mais portadoras no mesmo espaço espectral do que em transmissões individuais.

As operadoras de serviço agora contam com 3 eixos principais, que podem ser utilizados para determinar qual é o ponto mais favorável da eficiência espectral para sua rede. Diferentes segmentos de rede podem ter um ponto em eixos diferentes. Por exemplo, um link submarino dará preferência em ter uma modulação menos densa (QPSK) para um alcance mais amplo e, por conseguinte, aumentar o seu número de canais para obter a vantagem do espectro óptico. Talvez em um link corporativo seja preferível ter uma modulação mais densa (16QAM) para aumentar a largura de banda, mas com menos portadoras por supercanal para aumentar o número de sites a serem conectados.

O que podemos concluir é que esses três eixos, taxa de transmissão, modulação e número de canais, determinam, em última análise, o custo por giga de links ópticos. As operadoras de serviço irão determinar a melhor combinação de acordo com suas necessidades de implantação.

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