Arquiteturas para Redes de Acesso de ISP’s - ISPBLOG
Enviado em 20.03.2017

Arquiteturas para Redes de Acesso de ISP’s

As arquiteturas atuais para redes de acesso de ISP’s permitem a otimização de recursos de rede, possibilitando um projeto de rede flexível e escalável.

As arquiteturas atuais para redes de acesso de ISP’s permitem a otimização de recursos de rede (equipamentos, cabos ópticos, energia, etc.), possibilitando um projeto de rede flexível e escalável, de forma a atender aos usuários finais de acordo com a demanda requerida. A economia nos custos de implantação e de operação da rede, permitem a aplicação dos recursos disponíveis de acordo com a demanda dos usuários, minimizando também os custos de manutenção e maximizando as receitas por meio da redução do tempo de retorno do investimento.

Para um projeto de rede de acesso, a melhor solução, do ponto de vista técnico, é levar a fibra óptica diretamente até os usuários (residências, prédios ou empresas). Também podemos considerar o projeto de uma rede híbrida, com misto de cabeamento metálico e óptico, no qual a infraestrutura deve permitir uma fácil migração para novas tecnologias e serviços que vierem a surgir.

Para os projetos de redes de acesso são utilizadas com frequência as arquiteturas conhecidas como Fiber-To-The-Home (FTTH), Fiber-To-The-Desk (FTTD) e Fiber-To-The-Curb (FTTC). Essas expressões são usadas em redes de fibra óptica basicamente para indicar até onde chega esse meio de transmissão.

A FTTH é uma arquitetura que propicia acessos em banda larga para uma série de serviços, tais como Internet, telefonia e HDTV, através de uma rede totalmente óptica. Com o FTTH, a rede de acesso é capaz de prover velocidades de 10Mbps até 1Gbps atualmente. A arquitetura FTTH pode ser utilizada ainda nos projetos das “residências inteligentes”, na automação doméstica e nas atividades de entretenimento.

A arquitetura FTTD ou fibra até a estação de trabalho é utilizada onde a demanda por banda de transmissão em aplicações de videoconferência e mesmo de Internet exige uma capacidade adicional das redes locais. Trata-se de uma arquitetura usada principalmente nas redes corporativas e que permite o uso da banda larga para a transmissão de dados, voz e imagem em empresas. Uma arquitetura FTTD torna-se atraente por possibilitar a utilização das fibras ópticas até a mesa de trabalho do usuário, aumentando a distância entre os pontos de rede.

Todavia, nem sempre é possível (ou viável) levar a fibra óptica até o local onde se encontram os usuários. A alternativa então é utilizar uma outra arquitetura conhecida como FTTC, onde os cabos de fibra óptica, ao invés de serem instalados no interior das dependências do usuário, terminam em armários ópticos situados próximos às mesmas. Nessa arquitetura, a rede óptica se estende até um armário de distribuição intermediário localizado geralmente na calçada (daí o nome curb, do inglês, meio-fio, calçada), que fica a uma distância média entre 300 e 800 metros do usuário (residências, prédios ou instalações de empresas). Nesses armários os sinais utilizam outro meio de transmissão (passam por um conversor de mídia), como, por exemplo, cabo coaxial ou par metálico, para chegar até o ponto de entrega final.

Para um ISP, a alternativa FTTC é mais econômica em relação ao FTTH ou FTTD, porém, como utiliza lances de cabeamento metálico, o projeto fica limitado aos comprimentos estipulados pelas normas e padrões de cabeamento estruturado. Lembrando também que as redes utilizando par metálico estão limitadas pelos padrões de cabeamento a um alcance de cerca de 100 metros. Já com a fibra óptica em toda a extensão da rede é possível chegar a distâncias bem superiores e, dessa forma, interligar um número maior de equipamentos, eliminam-se gastos com pontos de conexão intermediários (mais espaço físico), gastos com energia (não há equipamentos ativos), o que é essencial para projetos de redes de grande confiabilidade e eficiência.

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